Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
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cinco alternativas, com as seguintes possibilidades de resposta:
discordo totalmente,
discordo,
neutro,
concordo,
concordo totalmente, para as frases referentes aos gráficos
2 a 5; e estas opções:
melhorou,
inalterado,
piorou para os fatores apresentados na
tabela 7. Seguindo as teses de Hart e Holmström (1987), as questões referentes
aos gráficos 2 a 5 auxiliaram na verificação da existência de assimetria de infor-
mação entre as partes (no caso, usinas e produtores/arrendatários de terra) e se
os entrevistados estariam sujeitos a risco moral.
Os dados foram coletados por meio de entrevistas presenciais com produto-
res e arrendatários em trinta cidades, sendo dezessete em Goiás e treze em Mato
Grosso do Sul.
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Essas localidades foram selecionadas com base em:
i) localização
geográfica da produção de açúcar em 2012, de acordo com o Projeto Canasat, do
Instituto Nacional de Pesquisa Espacial – Inpe (Rudorff
et al., 2010);
ii) evolução
da produção de cana-de-açúcar segundo as estimativas da produção agrícola mu-
nicipal (PAM);
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e
iii) limitações logísticas.
Para a seleção dos entrevistados, foram utilizadas listas de contato das asso-
ciações de plantadores de cana, dos sindicatos rurais, da Faeg, da Famasul, entre
outras instituições. Com a cooperação destas instituições e de seus associados,
dos produtores de cana e dos arrendatários de terras, fez-se uma consulta prévia
sobre o interesse em participar da pesquisa. O fato de alguns arrendatários e/ou
produtores possuírem terra em um município e residirem em outro impediu sua
participação na pesquisa. Outra restrição foi o fato de o período da entrevista ter
coincidido com o período de colheita, o que limitou a participação de um número
maior de fazendeiros.
Aos entrevistados foi aplicado questionário abordando informações sobre as
características da família, o histórico da propriedade, a história da posse de terra,
a produção agrícola, os contratos para produção de cana-de-açúcar, a participação
em associações e sindicatos, as visões quanto ao impacto da chegada da usina na
comunidade e o uso da terra. O levantamento de dados ocorreu entre os meses de
junho e julho de 2014 e foi aplicado a 148 arrendatários e produtores na região
de estudo (83 em Goiás; e 65 em Mato Grosso do Sul). Do total de entrevistados,
104 estavam envolvidos com o setor sucroalcooleiro (58 em Goiás; e 46 em Mato
Grosso do Sul).
17. Em Mato Grosso do Sul, foram visitados os seguintes nunicípios: Angélica, Brasilândia, Caarapó, Campo Grande, Costa
Rica, Deodápolis, Dourados, Ivinhema, Juti, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste. Em
Goiás, os seguintes estados foram visitados: Bom Jesus de Goiás, Cachoeira Dourada, Caçu, Edéia, Goiatuba, Gouvelândia,
Inaciolândia, Indiara, Itumbiara, Jataí, Joviânia, Monte Vidiu, Morrinhos, Paraúna, Quirinópolis, Rio Verde e Vicentinópolis.
18. Para mais detalhes, consultar o Sidra:
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